Na última década, a forma como consumimos filmes e séries foi revolucionada pela ascensão das plataformas de streaming. Serviços como Netflix, Hulu, Amazon Prime e Disney+ transformaram o entretenimento de uma experiência com limite de tempo num serviço on-demand, dando aos utilizadores mais controlo do que nunca sobre o que veem, quando veem e quanto veem sentados.

Um dos impactos mais significativos do streaming é a mudança de hábitos dos espectadores. O binge-watching tornou-se um fenómeno cultural, onde os utilizadores consomem temporadas inteiras ou vários episódios de uma série de uma só vez. Esta mudança fez com que as plataformas lançassem temporadas completas de programas de uma só vez, atendendo a este novo comportamento de visualização. É um forte contraste com a televisão tradicional, onde os telespectadores tinham de esperar uma semana pelo episódio seguinte.

Além disso, o modelo de streaming democratizou a criação de conteúdos. No passado, os grandes estúdios e cadeias detinham o controlo sobre os programas e filmes produzidos e distribuídos. Hoje, os serviços de streaming tornaram-se atores-chave na produção de conteúdos originais, oferecendo mais oportunidades para que diversas vozes sejam ouvidas. Isto levou a um aumento do número de Rede Canais HD e séries internacionais que ganharam reconhecimento global, à medida que as barreiras à distribuição foram reduzidas. Programas como Money Heist de Espanha e Squid Game da Coreia do Sul tornaram-se sensações mundiais, algo que era quase impossível antes da era do streaming.

No entanto, o número crescente de plataformas de streaming também introduziu novos desafios. O mercado está cada vez mais fragmentado, com cada serviço a oferecer conteúdo exclusivo. Os consumidores enfrentam agora um dilema: subscrever vários serviços para aceder a todos os conteúdos que pretendem ou perder determinados programas e filmes. Isto levou também ao aumento dos custos de subscrição e, em alguns casos, ao regresso da pirataria, à medida que os utilizadores procuram alternativas gratuitas.

Olhando para o futuro, o futuro do streaming está prestes a tornar-se ainda mais personalizado. Com os avanços na inteligência artificial, as plataformas estão a refinar os seus algoritmos de recomendação, oferecendo aos utilizadores sugestões personalizadas com base no seu histórico de visualização e preferências. À medida que a tecnologia evolui, também poderemos ver mais conteúdo interativo, semelhante ao Black Mirror: Bandersnatch da Netflix, onde os espectadores podem fazer escolhas que influenciam o enredo.

Concluindo, o streaming não só mudou a forma como vemos filmes e séries, mas também a forma como essas produções são criadas, distribuídas e consumidas. Embora ofereça uma conveniência e variedade sem precedentes, a indústria enfrenta novos desafios à medida que a concorrência aumenta e as preferências dos consumidores continuam a evoluir.

Os serviços de streaming mudaram fundamentalmente o consumo de entretenimento, oferecendo visualização on-demand e popularizando o binge-watching. Embora forneçam conteúdo diversificado e global e novas oportunidades para os criadores, o número crescente de plataformas levou à fragmentação do conteúdo e ao aumento dos custos de subscrição. Olhando para o futuro, o futuro do streaming irá provavelmente focar-se na personalização e em experiências de visualização mais interativas.